segunda-feira, 19 de setembro de 2011

50º Dia - Tur em Puno - Lago Titicaca


Editado por Bamberg

51º dia – 17 de Setembro de 2011

Lago Titicaca

Hoje para todos foi mais um dia muito especial, pois tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura do povo Peruano bem com Boliviano. Trata-se da tribo do Urus que habitam o Lago Titicaca e tem as suas casas construídas sobre grandes tapetes flutuantes feitos com as plantas chamadas Totora, uma planta muito parecida com o capim elefante conhecido no nosso país.

O Lago Titicaca, com cerca de 8300 km² e situando-se a 3.821m acima do nível do mar, é o lago comercialmente navegável mais alto do mundo e o segundo em extensão da América Latina, superado apenas pelo Lago de Maracaibo, na Venezuela.

Localizado no altiplano dos Andes, na fronteira do Perú e da Bolívia, tem uma profundidade média de 140 a 180 m, e uma profundidade máxima de 280 m.

Mais de 25 rios desaguam no lago Titicaca, e o lago tem 41 ilhas, algumas densamente povoadas.
Existem algumas controvérsias entre os guias locais, pois os Peruanos defendem que 60% do lago pertence ao Perú e 40% para a Bolívia, e quando se fala com um guia Boliviano ele tenta inverter os números, porém, o que fica visível que o maior número de turistas advém da cidade de Puno no Perú.

O Titicaca é interessante pela população, onde no lado Peruano vivendo os Uros, nove ilhas artificiais. Essas ilhas tornaram-se uma grande atração turística no Peru, trazendo excursões da cidade de Puno, no Peru. Outras duas ilhas, Amantanile e Taquile, é outra grande atração turística, apresentando uma comunidade indígena. Os habitantes de Taquile são conhecidos pelos seus produtos têxteis feitos a mão, considerados entre as manufaturas de melhor qualidade do Perú. Atualmente são 56 ilhas flutuantes sobre o Lago Titicaca.

O lago Titicaca é alimentado por vários rios e pelas águas das chuvas e pelo degelo das geleiras que rodeiam o altiplano. É fonte do rio Desaguadeiro, que corre para o sul através da Bolívia até o Lago Poopó, no entanto, este afluente é responsável por menos do que cinco por cento da perda de água, o resto ficando por conta da evaporação devida ao ventos intensos e à exposição extrema à luz do sol nesta altitude.

A origem do nome Titicaca é desconhecida, foi traduzido como Titi = Puma e Caca = color griz (cor prata), combinando palavras da língua local Quíchua e Aimará e observando no mapa se consegue ver que o contorno do lago tem realmente a forma de um puma caçando um coelho.

Como a parte sudeste do lago é separada do resto do lago pelo estreito de Tiquina, os bolivianos chamam essa pequena parte de Lago Huinaymarca e a parte maior de Lago Chucuito. No Peru, essas partes pequena e grande são conhecidas como Lago Pequeño e Lago Grande, respectivamente.

Logo que o grupo chegou a uma das ilhas flutuantes, fomos recebidos pelos moradores locais com suas vestimentas características e as mulheres com roupas de coloridos muito fortes, onde as cores representam o seu estado de espírito que querem transmitir.

A partir daí a nossa guia junto com o chefe da ilha nos deram uma verdadeira aula de como se constrói uma ilha flutuante e com se procede para mantê-la.

Para que o internauta tenha uma clara noção, a ilha onde estávamos se localiza flutuando exatamente onde o lago tem 16 metros de profundidade e para construí-las eles buscam a raiz da totora, compacta e que flutua quando dividida em pequenas partes. Pode-se comparar a raiz da totora muito parecida com o xaxim que na nossa região é muito usado para plantar flores.

Essa raiz de totora se chama de “Quile” e nos meses de julho quando no período de chuvas os blocos de raízes começa a flutuar em meio aos totorais, formando blocos de aproximadamente 20 x 10m que com usam de caicos vão em busca desses blocos que com o uso de um serrote grande conhecido como o nosso antigo “Fucz”, muito utilizado para derrubadas de mato.

Com o uso desse serrote cortam os grande blocos em blocos menores que são amarrados uns nos outros com uso de cordas e posteriormente com uso de Cordas e pedras fazem a âncora da ilha para que os ventos não a levem.

Em cima dos blocos é colocado as camadas de totora em várias camadas e a cada três meses precisam renovar a camada de totora em virtude do apodrecimento da palha o qual também é acelerado pela visita diária dos turistas que pisoteiam a camada de palha flutuante.

Bom pessoal, as fotos falam por si só, acredito que todos podem verificar e tirar as suas conclusões.

Por hoje vamos ficando por aqui.

Um forte abraço.

 Att
Bamberg