terça-feira, 23 de agosto de 2011

10º, 11º e 12º Dia - Viagem de Balsa - Manaus

Décimo, Décimo Primeiro e Décimo Segundo Dia
A viagem de Porto Velho a Manaus.
                Como já foi comentado na postagem anterior, saímos embarcados na embarcação J.P. Vieira, uma balsa média de carga e passageiros e pudemos curtir de uma viagem diferente nunca feita pelos três companheiros anteriormente.
                 Logo que subimos na embarcação começamos a nos ambientar com o local onde tudo é muito apertado, as pessoas se ajustando no convés onde são armadas as redes uma ao lado da outras, em duas fileiras justapostas e as bagagens são acondicionadas na parte central do pequeno vão que sobra entre as duas partes de redes todas presas aos ganchos já previamente instalados.




                Como a nossa equipe nunca dormiu em rede, nos preparamos ainda em Porto Velho e compramos uma barraca cada um, tipo “Iglú”, um colchão de ar, saco de dormir, além de frutas, água mineral, cuia, bomba, erva, uma pequena garrafa térmica e com isso pudemos nos instalar na embarcação bem mais tranqüilos. A proprietária da embarcação nos autorizou instalar as barracas no último convés ao lado da sala de televisão e bar, sendo que ficamos um pouco mais tranqüilos fora do aperto e tumulto.






O único problema era dormir de dia, mas aí entraram as redes tipo “Garimpeira” que foram adquiridas em Porto Velho, sendo as mesmas instaladas no convés de carga junto as motos e logo após o almoço tínhamos também o privilégio de tirar a famosa soneca de meio dia, com a brisa suave soprando constantemente sem mosquitos ou inseto de qualquer espécie.

                A embarcação continua num ritmo de 15 km/h dia e noite sendo a tripulação é revezada o que nos dá também uma tranqüilidade maior com relação a segurança da embarcação, tendo todos uma ótima noite de sono, pois desde que iniciamos a viagem, todas as noites foram de encontro com os amigos, jantas fartas com muita cerveja e conversa, e o tempo se estendia sempre até altas horas da noite e no dia seguinte a viagem ficava sempre muito cansativa, cansaço que com certeza está sendo recuperado neste percurso da viagem.
                Um dos destaques nesta viagem que realmente valem pontuar é poder observar o nascer e o pôr do sol do alto do convés, imagens que com certeza serão eternizadas em fotos e na nossa memória. O que se pode também destacar é a imensidão de água neste trajeto tão curto dentre tantos rios que percorrem toda a região norte, com sua mata praticamente intacta, muitos animais dentre os mais vistos, o boto cor de rosa, peixes pulando na flor da água, jacarés e pássaros e vez por outra um povoado a beira do rio.






                 Isso nos dá um pouco de noção do quanto representa a Amazônia para todos os brasileiros e de quanto precisamos realmente protegê-la das ameaças que os homens provocam e principalmente o olho ganancioso dos países que todos sabem que são, ameaças contra as riquezas que tudo isso representa.
                Depois de três noites e quatro dias por volta das 15h de terça-feira entramos na confluência do rio Madeira com Amazonas e tivemos a primeira chuva, refrescando um pouco do calor que estávamos sentindo. Agora estamos navegando rio acima com o rio Amazonas bastante cheio, ao contrário do Rio Madeira e assim vamos navegar até quarta-feira de manhã quando devemos aportar no Porto de Manaus.
                A chuva nos trouxe uma surpresa, não fosse a festa e a viagem maravilhosa poderia se chamar de desgraça, pois choveu dentro das nossas barracas em virtude da chuva e vento muito forte, molhando todos os nossos pertences e colchões principalmente. Mas aí entraram em ação os companheiros Deja e Grandão para a limpeza e secagem dos pertences enquanto eu que vos escrevo, filmava e fotografava toda a operação, “Seca Barraca”.




                E assim meus amigos, vamos seguindo em frente e curtindo as paisagens que o entardecer nos proporciona, servindo de terapia anti-stress indescritível, só vindo para cá para saber como que é você se sentir perto da natureza, sem celular para incomodar, ou seja, longe de tudo, mas ao mesmo tempo perto do todo.
                Um abraço.
                Bamberg

Decimo Segundo Dia


Décimo segundo dia
Baita susto!
Hoje às 7h30min da manhã nossos companheiros, depois de quatro dias e quatro noites na balsa de Porto Velho a Manaus descendo o Rio Madeira com aproximadamente 1.200 km (Hum mil e duzentos) pela selva amazônica, chegaram aqui em Manaus, então nós fomos todos lá para buscar cada qual a sua moto. Chegaram pálidos pelo susto que levaram. Ao entrar no Rio Amazonas, por volta das 5h30min da manhã, oito pessoas, todas vestidas de preto, encapuzadas e fortemente armados, adentraram a balsa aos berros para que todos descessem ao primeiro andar. Nosso colega Lírio, rapidamente escondeu sua carteira, achando tratar-se de assaltante, pois a comandante da balsa disse que ali na semana passada algumas barcas foram assaltadas. Em seguida vieram, a saber, que era a Polícia Federal em busca de duas mulheres que estariam transportando drogas. Com o susto, e, policiais indagando aos berros e apontando uma pistola ponto 45 na cara perguntando se eles estavam sozinhos, um dos companheiros, foi indagado ¨tem mulher aí?¨.Todo assustado e meio sonolento disse: “Não, eu até acho que sou bicha”. O que faz o desespero, hein?
Para surpresa total dos colegas, eram duas mulheres muito bacanas que foram companheiras de “pife”, durante a viagem e levavam três sacolas com 55 tabletes de pasta de coca. Como foi denuncia, as mesmas foram identificadas, algemadas e presas em flagrante. A droga foi apreendida e ambas foram levadas pela Polícia Federal. A viagem continuou em seu ritmo normal que, segundo eles, estava fantástica!
Bem, na hora do desembarque das motos, foi novamente um sufoco, em especial a do Filippi que tiveram que usar a prancha. Mas, acabou dando tudo certo e todos seguiram até o Hotel, onde tomaram um banho relaxante.
Na seqüência, todos foram até o Teatro Amazonas, cartão postal de Manaus, para conhecer e tirar algumas fotos. O Teatro é fruto da era da borracha (seringais) e dos coronéis, pois a cerâmica, a abobada e os camarins do teatro, enfim, tudo veio da Europa. O lugar é simplesmente fascinante! Lá encontramos um motociclista Português chamado José Carlos Manuel, um pouco mais maluco que nós. Ele se encontra de “férias” desde janeiro de 2010, dá para acreditar? Um cara muito bacana e falante.
Como nosso colega Bamberg precisava trocar o óleo de sua moto, fomos até a agência da BMW, Braga Veículos. Lá fomos tratados com uma cortesia especial por toda a equipe BMW, e principalmente pela supervisora a Patricia Costa, que nos presenteou com uma vistoria nas motos, com atendimento nota 10. Todos sem exceção foram muito prestativos e simpáticos. Engraxaram as correntes, calibraram os pneus, revisaram o nível de óleo, verificaram os faróis, sinaleiras, e, ainda lavaram as motos. Se não bastasse tanta gentileza, ainda recebemos vários brindes da Agência. Foi de fato, tratamento vip. Um exemplo a ser seguido por todas as demais agências, pois isso é cativante e com certeza acaba fidelizando os clientes. Com certeza quando retornarmos a Manaus os visitaremos novamente e, queremos aproveitar para recomendar aos nossos amigos motociclistas, portadores ou não de uma BMW, que estiverem de passagem por Manaus, a conhecerem a Braga Veículos.
Bem, acabamos nos estendendo um pouco mais na BMW e acabamos chegando à noite, por volta das 19h30min em Presidente Figueiredo. É uma cidade pequena, por volta de 25mil habitantes, mas muito hospitaleira. É uma cidade turística que tem mais de 150 lindas cachoeiras para se ver, 84 delas, catalogadas. Hospedamo-nos numa pequena pousada chamada Pousada Das Pedras e fomos recepcionados pelo proprietário, Sr. Fernando Demazzi. Local simples, mas de um bom gosto incrível na decoração, aconchegante e ótimo atendimento. Esta pousada é palco para inúmeras gravações de programas de TV. Um dia antes de nós chegarmos, foi embora o elenco do programa de TV Anhaingá, cujos atores são os mesmos da minissérie Lost. Na semana seguinte serão gravadas cenas do Planeta Verde, programa sobre animais. Costumam transitar pela pousada muitos europeus, americanos e asiáticos.
Tomamos um banho, bem merecido e tomamos uma geladinha que o Sr Tomazzi providenciou para nós.
Após a geladinha fomos até a Cantina São José. Pedimos um ala carte esperto e enquanto aguardamos a refeição, alguns se deliciam com uma Brahma Extra geladinha, enquanto outros digitam o que nossos queridos seguidores do Blog estarão lendo no dia de amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário