terça-feira, 30 de agosto de 2011

23º Dia - La Victória a Maracaibo (Venezuela)

Editado por Tita e Paini


Vigésimo Terceiro Dia

 La Victoria a Maracaibo - desencontros...

Levantamos as cinco e meia da manhã, com o objetivo de seguir até Maracaibo. Maracaibo é uma das maiores cidades da Venezuela, sendo ela a capital da província de Zulia, governada por Pablo Perez, um democrata que é um forte candidato a presidente da Venezuela. É uma cidade muito rica em petróleo, aliás, é o local onde foram encontradas as primeiras jazidas. Na chegada da cidade há um grande lago e também uma enome e bela ponte que encanta a quem passa por ela.

Bem, as coisas nem sempre saem como planejadas. A viagem estava tranquila e tudo correndo dentro da normalidade até chegarmos em uma cidade chamada Moron, onde paramos para abastecer e tomar um café. Na saída do posto, todos a postos para pegar estrada. Fila indiana, foi um a um pegando a pista e os da frente não perceberam que a moto do Deja falhou ao faze-la funcionar. Como o trevo ficava a há uns cem metros, e supondo que todos estivessem na tradicional fila, fomos andando e pegamos a direita. Notamos que o Filippi e o Deja ficaram para trás, reduzimos marcha e  ficamos no viaduto esperando-os. Quando de repente, o Lírio os vê a toda velocidade passando direto pela auto pista em outra rodovia. Gritamos e fizemos gestos, mas eles nada viram e seguiram. Continuamos aguardando na certeza de que voltariam, mas nada de retorno. Ficamos por mais de duas horas esperando no trevo, passamos mensagens pelo celular e não obtivemos respostas. De comum acordo, resolvemos seguir viagem até Maracaibo, pois eles sabiam que lá era o destino final, e felizmente foi o que aconteceu. Quando chegamos no posto policial, início da ponte na entrada da cidade de Maracaibo, eles nos informaram que duas motos brasileiras a mais ou menos uns vinte minutos haviam passado por ali e pela descrição que nos deram, presumimos que fossem de fato nossos saudosos colegas. Tínhamos certeza de que se de fato fossem eles, estariam nos esperando assim que cruzássemos a ponte, no primeiro posto de abastecimento. Mas, para nossa tristeza não estavam mais lá, pois na mente deles, nós estávamos adiantados em relação à eles e não o contrário. Ficaram de fato nos esperando neste local por uma meia hora, mas bateu o cansaço, e por precaução, deixaram um recado ao frentista de que se acaso passassem seus colegas, ele disesse que estariam hospedados no Hotel Gran Delícias, que havia sido recomendado por uns amigos.

Apesar de todos os desencontros e de termos o grupo separado por todo um dia, tudo acabou bem no final. Ficamos felizes e comemoramos o reencontro do grupo com muita alegria e fortes abraços, afinal, nem um nem outro grupo tinha certeza de que tudo estaria bem com os demais.

















O Filippi e o Deja nos contaram que não nos viram pegar a direita no trevo e suporam que se seguisse reto para pegar a autopista. Andaram uns 40 km até se dar conta de que não poderíamos ter tão rapido sem notar suas faltas e que possivelmente estariam na estrada errada. Se informaram com a policia caminera se haviam passado quatro motos brasileiras e houve negativa por parte deles. Resolveram voltar, mas não passaram no trevo em que estávamos parados aguardando-os. O GPS do Filippi indicou um caminho antes do trevo para seguir a Maracaibo e lá se foram.

Uma coisa muito incomum aconteceu ao moto do Filippi nesse trajeto. Furou os dois pneus novos quase que instantaneamente e segundo ele, foi um sufoco manter a moto na pista naquele momento. Difícil mesmo foi achar alguém, em pleno domingo que se dispusesse a quere consertá-los, pois se tratava de uma região inóspita.

O incrível era que eles se mantinham acelerados com o intento de nos alcançar, supondo que estivéssemos a frente deles, quando na verdade, eles é que estavam o tempo todo mais ou menos uma hora a nossa frente. A outra hora que permanecemos parados, esperando que eles retornassem foi preenchida com as várias paradas que eles fizeram para encher os pneus até que se conseguisse alguém apto para efetuar o conserto dos mesmos.
Bem, depois de ouvidos os relatos, ficou combinado de que caso acontecesse novamente, ninguém deveria andar mais de 10Km sem ter em vista os demais colegas. Nesse caso deveriam retornar ao ponto de partida.
Pernoitamos no referido hotel, onde encontramos pessoas de diferentes nacionalidades de países muito distantes em função de um Congresso Desportivo que estaria ocorrendo naquela cidade. Havia uma brasileira em meio a eles, uma paulista muito simpática que nos emprestou seu celular para tentarmos localizar nossos colegas, uma vez que os nossos se encontravam sem serviço naquele momento. Ela nos sugeriu que jantássemosr no Hotel pois nas redondezas era muito perigoso sair aquela hora da noite e seria dar chance ao azar. O proprietário do estabelecimento corroborou suas palavras.

Depois de um vinho para comemorar o reencontro e um macarrão bem gostoso, fomos dormir. Afinal, o dia foi bem cansativo devido ao stress do ocorrido. A viagem também foi estressante pois tivemos que acelerar um pouco mais do que o normal nossas motos para poder chegar ainda durante o dia. 

Bem, que fique a dica para os demais motociclistas que viajam em grupo: Combinem a estratégia a ser aplicada caso aconteça de por um motivo ou outro se separarem do grupo. É assustador, principalmente quando se está em um país estrangeiro, cuja língua não se domina. Também quando fica a dúvida se seus companheiros estão bem ou não. Isso evitará muito desgaste e stress.

Valeu a lição!!!

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