terça-feira, 23 de agosto de 2011

20º Dia - Islas Margarita a Puerto La Cruz (Venezuela)

Editado por Lírio, Paini e Tita

     Vigésimo Dia – 18 agosto 2011

     Ontem à noite desembarcamos do Navibus por volta das 23h e adentramos novamente a cidade de Puerto La Cruz, onde embarcamos há dois dias atrás. Saímos à procura de um hotel e encontramos vários, contudo, sem internet wi-fi e precisávamos de uma boa conexão para postar em nosso blog, o que não fazíamos há dois dias. Para nossa surpresa, sites de busca e informações como o Google não funcionam das 20h até as 6h da manhã por determinação do governo alegando ser em função da Seguridad.
Aqui na Venezuela os hotéis, em sua maioria, não oferecem café da manhã. Por sorte nos hospedamos num em que era servido, e de uma forma bastante diferente. Escolhe-se o cardápio e este nos é servido na mesa. Optamos pelo café americano que trazia ovos, polenta, queijo, etc, gostoso, contudo não necessariamente saudável.
O sol foi cruel conosco e o calor não deu trégua. Pegamos um trechos ruins de estrada, com bastante buracos.
A título de curiosidade, andamos um longo trecho em uma auto-pista com três e até quatro pistas, um espetáculo. A certa altura da rodovia, a mais ou menos uns 40 km de Caracas surge um engarrafamento de mais de cinco km, onde as três pistas encontravam-se lotadas e os carros andavam a uma velocidade de 20 km por hora. Resolvemos virar motoboys temporariamente e começamos a andar no meio dos carros, costurando algumas vezes, até chegarmos em um túnel que contava com somente duas pistas, aí entendemos o motivo do engarrafamento. Foi um sufoco danado até a chegada em Caracas.
Ao chegar na entrada da cidade de Caracas, avista-se um grande núcleo habitacional cravado no morro, o que contrasta ligeiramente com a vista que se tem logo a frente com elegantes e numerosos prédios.
Nossa preocupação maior era consertar a moto do Filippi que acabou danificando as rodas devido aos imensos buracos no trajeto que fizemos de Presidente Figueiredo a Caracaraí em Roraima, ainda no Brasil. Também em função desses buracos, mais dois companheiros acabaram com problemas nos faróis. A idéia era trocar o óleo das seis motos na agência da BMW, mas aqui na Venezuela as coisas não funcionam como no Brasil. Saudades da Patrícia da BMW de Manaus. Então, enquanto os colegas Bamberg, Lírio e Filippi ficaram na BMW, os companheiros Paini, Deja e Jânio foram até a Suzuki para efetuarem a troca de óleo em suas respectivas motos.
A BMW não conseguiu resolver o problema da moto do Filippi, por não contarem com praticamente nada em termos de peças de reposição. A empresa devido ao fato de não poder importar motos, faz somente pequenos reparos, deixando muito a desejar, quando da comparação com outras agências, tanto no Brasil como em outros países da América do Sul.
Saímos da BMW na hora do rush - 18h30min. Tentem imaginar um forte stress e multiplicar por 100. Foi assim que nos sentimos. Caos absoluto! Trânsito praticamente parado e só movimentavam-se as motos pequenas que costuravam sem parar. Faziam manobras impensáveis para uma moto como a nossa e tiravam centímetros delas. Nos imaginamos no chão uma porção de vezes. O cheiro de combustível era tão forte que nossa companheira Tita, passou mal e chamou o “Ugo” outra vez, em cima da moto. O Bamberg também teve que parar pois o forte stress associado ao forte cheiro da gasolina o fez ter mal estar.
Caracas é a capital da Venezuela e é a cidade mais populosa, por volta de 23 milhões de habitantes, portanto, impossível, mesmo com GPS, encontrar a agência da Suzuki, onde encontraríamos nossos outros companheiros, então, pegamos um motoboy que nos levou até lá. Agora a agência, muito gentilmente nos cedeu um de seus funcionários para nos acompanhar até o Hotel que os colegas, por telefone haviam reservado. Hotéis lotados e sem outra opção, acabamos nos hospedando no Marriot Hotel, mundialmente conhecido. Hotel presidenciável, onde diferentes presidentes ficam hospedados.
Amanhã vamos explorar um pouco mais a cidade de Caracas, mas já deu para perceber que se trata de uma cidade belíssima.
Para comemorarmos o aniversário de nosso querido colega Bamberg, fomos a uma casa de carnes e para variar um pouco, resolvemos apreciar um bom vinho ao invés da famosa geladinha. Feliz aniversário, companheiro! Que possamos partilhar de sua companhia por muitas vezes ainda para nossas aventuras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário