terça-feira, 23 de agosto de 2011

13º Dia - Presidente Figueiredo a Caracaraí RR

Decimo terceiro Dia



Décimo Terceiro Dia – 11 agosto 2011.

Sufoco total.

Hoje acabamos vacilando e perdemos a hora. Queríamos visitar algumas cachoeiras, mas na votação a maioria decidiu seguir viagem, pois as referências a despeito da estrada não eram nada boas e realmente uma vergonha a BR para se chegar a Boa Vista, capital de Roraima, 
Passamos por uma extensão de 123Km dentro da terra Indígena Waimiri Atroari, área de proteção ambiental, onde a estrada estava relativamente boa. Mas, há apenas alguns poucos kilomêtros a partir da reserva, na Vila Jundiá, BR 174, já conseguimos entender a dimensão do problema. A estrada estava simplesmente intransitável. Caos absoluto! Incompreensível uma estrada dessas fazendo parte do território brasileiro. Realmente vergonhoso para os governantes! Sai-se daqui com uma péssima impressão da gestão aqui praticada.
Quase passou despercebida a Linha do Equador no trecho Manaus-Jaragaraí, tamanha a tensão entre os colegas e a atenção dada aos buracos gigantes que havia na pista. Lá havia o marco Lat. 000 00, o que nos faz ficar a partir de agora no Hemisfério Norte e não mais no Hemisfério Sul.
A impressão era a de que não se conseguiria chegar “inteiros” ao destino. Tensão total na hora de pilotar, pois qualquer descuido seria um desastre. Para complicar ainda mais, pegamos um trecho com chuva e aquela terra vermelha se transformava rapidamente num lamaçal liso e perigoso. Vários sustos fizeram parte do nosso dia e, um dos companheiros acabou “virando” a moto, mas com pequenos danos que não atrapalharam a expedição.
A temperatura oscilou de 26 a 38 graus, mas no geral, passamos muito calor durante o dia. O maior valor de combustível nesse trecho foi de R$2,89 o litro na cidade de Rorainópolis.
A intenção inicial era chegar a Boa Vista, capital de Roraima, contudo o dia foi tão estafante, que os pilotos estavam esgotados e sem energia para dar prosseguimento à viagem. Paramos aqui em Caracaraí- RR, cidade pequena, por volta de 14.000 habitantes e nos hospedamos numa pequena pousada.
De cara, sedentos por uma cervejinha, encontramos o irmão Ivo João Schneider, que nos cedeu, prontamente, várias das suas geladinhas.  Ivo João é oriundo de Joinvile e reside temporariamente aqui em Caracaraí, trabalhando como gerente de obras da Petrobras. Gente finíssima!
Tomamos um super banho, e fomos a pé até o restaurante Casa do Peixe que o Ivo João havia reservado para nós. É um sistema super diferente, onde a pesca é feita à tarde para ser servido fresquinho à noite. O cliente escolhe o tipo de peixe que está a fim de comer, o tamanho e o tempero a ser usado e, depois, fica apreciando ele assando na grelha. Nós escolhemos o Matrinxan e o Tambaqui. Uma delícia!
Vários amigos do Ivo João foram chegando e fomos trocando experiências a despeito do trajeto a ser feito. Um delegado da polícia Civil nos orientou dos procedimentos e exigências feitos na Venezuela. Qualquer informação é bem vinda, pois por lá tudo será novo para nós.
Estão todos nesse exato momento, fazendo escondidinho o teste da torneira para ver a água descendo no sentido anti-horário. E não é que funciona? Show de bola!

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