terça-feira, 23 de agosto de 2011

17º Dia - Bolívar a Puerto La Cruz (Venezuela)

Editado por Lírio, Pini e Tita


Décimo Sétimo Dia – 15 agosto 2011

Paciência...muita paciência!
Madrugamos nesta segunda-feira . Levantamos às 5h30min, 7h do Brasil, arrumamos a bagagem nas motos e saímos às 6h15min pois tínhamos que percorrer 350 km até Porto La Cruz, onde embarcaríamos em um Bukebus, também chamado de Catamaran, que nos levaria até as Ilhas Margaritas, no Caribe. (pra variar...sem café da manhã. Affff).
 A viagem foi legal, com asfalto de boa qualidade. O movimento de caminhões era muito intenso, e ainda maior o de veículos de passeio por ser período de férias escolares.
Ficamos bastante surpresos com a quantidade de carros de luxo e de caminhonetes importados do Japão, Coréia e Estados unidos, a maioria deles V6 e V8. Muito provavelmente isso ocorre em função do preço irrisório da gasolina por aqui, uma vez que no Brasil fica bastante oneroso ter-se um carro desses.
 O Sol nos castigou e tomamos um suador danado, pois nenhum dos companheiros abre mão, por mais calor que faça, das roupas de viagem, pois elas é que nos dão proteção. Segundo o Paini: “Mais vale esfolar a roupa do boi do que a do burro”. Heheh

Entramos, por fim, na cidade de Porto La Cruz por volta das 11h e o trânsito no centro da cidade estava uma loucura. Tivemos de atravessar todo o centro até chegarmos ao Porto, local onde se faz o tramite da papelada para ir a Ilha das Margaritas. Conseguimos um local com sombra para estacionar as motos e começou uma verdadeira maratona. Pensamos que seria simples o processo, contudo, nos tomou praticamente o dia todo e um bocado de stress. Nos disseram que está assim em função das férias das crianças e que esse movimento todo é atípico. Para se ter uma idéia, tinha muitas pessoas lá acampadas, dormindo no chão, esperando desde o dia anterior para embarcar. O acúmulo de pessoas se deve em função das férias escolares e também pelo fato de só estarem em funcionamento duas das seis balsas existentes.
Fomos muito felizes de termos encontrado o Bolívar, também motociclista e presidente do moto clube da cidade, que desempenha a função de chefe da fiscalização e inspeção aduaneira. Ele nos disse que todos por aqui estavam sabendo de nossa expedição e estavam nos esperando. Entrou imediatamente em contato com o pessoal do Moto Grupo lá de Islas Margaritas e ficamos de nos encontrar por lá.

Ele providenciou toda a papelada necessária para o embarque tanto das motos como de nossas excelentíssimas pessoas. É tudo muito burocrático e demorado, tivemos, inclusive, que tirar foto e impressão digital. Pagamos por motocicleta mais o condutor, 420 bolívares. Como não havia mais lugar no Navibus de passageiros, e algumas pessoas estavam causando pequenos tumultos, querendo embarcar de qualquer maneira, o Bolívar, com jeitinho, nos encaixou no Catamaran de cargas, onde pudemos ficar bem juntinhos das nossas preciosas e inseparáveis máquinas. Nosso Catamaran levava mais de 50 caminhões e carretas e nossas motos se perdiam em meio aquilo tudo.



Ele era estruturado de modo a carregar somente veículos pesados, então não havia conforto algum. Nada de cadeiras e banheiro precário. O que acabou nos salvando foram as redes que tínhamos comprado para serem usados no Rio Madeira. As estendemos no alto do Catamaran e ficamos apreciando as estrelas, enquanto apreciávamos, para variar, umas geladinhas. Aproveitamos a ociosidade para fazer novos amigos. Conhecemos pessoas muito legais que nos apresentaram  músicas novas e nos serviram lanchinho.




Como embarcamos às 18h e permanecemos na balsa por cinco horas, chegamos em Islas Margaritas por volta das 23h. Foi estafante o tempo de espera, pois se deram quase sete horas da chegada até o embarque e mais cinco horas no Catamaran. Oh, vida de ciganos!
Eram 24h55min quando encontramos um Hotel e nos instalamos.
A dica para os que pretendem fazer uma visita para as Ilhas Margaritas é para que comprem com antecedência os bilhetes, contudo, isso não é garantia absoluta de embarque. Mas, temos certeza de que valerá a pena.

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