terça-feira, 23 de agosto de 2011

16º Dia - Sta Helena de Uairén a Bolívar (Venezuela)

Decimo Sexto Dia

Décimo Sexto Dia – 14 agosto 2011

Chegamos em Bolívar depois de andarmos 820 km. É uma cidade muito bonita com aproximadamente dois milhões e quinhentos mil habitantes. Paramos em uma estacion de servicios (posto de combustível) e fizemos a proeza de abastecer todas as seis motos ao custo total de seis bolívares, o que equivale a hum real e poucos centavos, dá para acreditar? Com uma ajudinha do GPS fomos até um hotel de boa qualidade e negociamos por cento e vinte e cinco bolívares por pessoa, o que equivale a vinte e sete reais. Depois de nos acomodar, tomamos aquele super banho para tirar a “nhaca” do dia, pois segundo um dos companheiros, passaram por ele e fizeram cara feia em função do “azedo” que ficou impregnado na roupa depois de suar um bocado, pegar chuva para em seguida, secar novamente debaixo de um sol escaldante. Tentem imaginar!!!
Fomos jantar em um restaurante a 100mt do hotel. Em função de estarmos sem café da manhã e sem almoço, resolvemos comer o montante das três refeições numa só. Lógico, pensamos com o estômago ao fazer o pedido e acabou sobrando muita comida, nem tocada. Serviam um suco muito gostoso e acabamos com o estoque da casa. Saímos de “pança cheia” ao custo de 97 bolívares por pessoa. (lembrando que havia comida para o dobro de pessoas).
Para quem pretende vir para esses lados, vale dizer que há um longo trecho de mata com asfalto bom, mas sem acostamento algum. Isso tem bastante relevância em função de um animal silvestre, um tamanduá gigante, que mais se parece com um terneiro e costuma atravessar a pista sem aviso. Ele se assemelha ao nosso tamanduá bandeira, contudo, ele é muito grande e estampa a nota de 50 bolívares.
No meio da mata encontramos um acidente onde o motorista ao tentar desviar o tal bicho, capotou o carro. Chegamos minutos após o ocorrido, onde o motorista morreu na hora e o caroneiro estava sendo levado as pressas ao hospital. Como a pista estava interditada, nossa cinegrafista – Tita -, resolveu ir fotografar o carro e a pessoa dentro dela. Advinha? Ela conseguiu fazer o impensável. Vomitou andando de moto por vários kilometros.
 Uma das grandes cidades da Venezuela é Porto Ortaz, cidade muito bonita e com um grande porto no Rio Orinoco. Neste rio há uma hidroelétrica que abastece a região e a ponte em que se atravessa é do mesmo estilo da Ponte São Francisco nos EUA.
Precisamos elogiar o governo, pois o asfalto que percorremos no dia de hoje foi de ótima qualidade, inclusive, com longos trechos de autopista. A crítica fica para o lixo na beira do asfalto e também por todas as cidades por onde passamos. É de chamar a atenção. Queremos colocar também aos interessados que depois da oito horas da noite não se consegue telefonar devido a seguridad. Os locutórios ficam fechados, só funcionando durante o dia.
O que fica claro aqui na Venezuela é o narcisismo de Chaves. Tem foto dele em  todos os cants, como outdoors, ônibus, enfim, onde houver possibilidade de estar.  
O trânsito nas rodovias é tranqüilo porque os caminhoneiros abrem espaço para as motos passarem. Aliás, somos muito respeitados como veículos por aqui. O cuidado deve se voltar para os carros velhos parados na pista. Aqui é o extremo em termos de veículos rodando. Tanto se vê caminhonetes lindas, de babar, como se vê também muita lata velha. Aqui há muitos carros grandes e ditos “gastões” como galaxies, dodges, gmcs, etc que no Brasil é inviável tê-los. Enquanto nas rodovias é tranqüilo, na cidade é um sufoco, pois além do caos devido ao excesso de veículos, as motos pequenas incomodam muito, mas devagarinho vamos passando.

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