terça-feira, 30 de agosto de 2011

31º Dia - Medellin à Bogotá (Colômbia)

 Editado por Bamberg, Tita e Paini

31º dia – 29 agosto 2011

Como o dia anterior foi muito cansativo e estressante, a sonequinha foi um pouco maior no dia de hoje. Pela manhã deu para apreciar melhor o hotel e deu um dó danado em não podermos curtir tudo o que ele tinha a nos oferecer. Saímos às 9h de Medellín rumo à Bogotá, com uma temperatura bem amena, por volta de 19 graus. 









A estrada novamente não era digna de elogios. Ao longo dela, pegamos muitos desmoronamentos provocados por causa da instabilidade geológica existente no local. Haviam pessoas e máquinas em toda parte dando manutenção, mas a incidência dos desmoronamentos é tão grande que eles acabam não dando conta. Eram entulhos por todos os lados, com pedras gigantes praticamente penduradas, prontas para desbarrancar e as vias que literalmente se perderam, ficam somente uma via de acesso. Um perigo eminente para os que por lá passam. 



Podia-se visualizar placas por todos os lados com a seguinte colocação: “No más estrellas em la via”, ou seja, chega de mortes.
Nossa a alegria acabou durando pouco e o calor veio com força. Chegamos a pegar 44,5 graus o que nos fatigou bastante haja líquido para hidratar esses corpinhos.

Gostaríamos de aqui deixar nosso depoimento a todas as pessoas que tem vontade de vir conhecer a Colômbia, mas que tem um certo receio em função da má fama a respeito da segurança no país. O exército está nas ruas por toda a Colômbia, desde a entrada ao país, divisa com a Venezuela. 

Há soldados em todas as partes, impondo ordem e respeito. Hoje nos pararam e fizera uma rápida revista, o que acabou virando uma grande brincadeira, pois eles são muito simpáticos com pessoas que não apresentam risco algum. Ficaram encantados com as motos e acabamos batendo um papo e fazendo uma porção de fotos legais.  Os meninos ingressam no serviço militar aos 18 anos e diferentemente do Brasil, mantém-se lá por dois anos. Não somos especialistas no assunto, mas pelo que nos consta, no Brasil cada um recebe uma quantia de um salário mínimo ao mês, enquanto que aqui na Colômbia, eles recebem pouco mais de 2 pesos colombianos ao dia, sendo um total mensal de 70 pesos colombianos. Acreditamos que eles tenham problemas aqui como em qualquer outro país, mas gostaríamos de dizer que em momento algum nos sentimos inseguros, e temos certeza de que eles estão trabalhando duro para melhorar o conceito que se formou ao longo dos anos a respeito de seu país. É um país belíssimo que muito tem a oferecer em termos de turismo e que vale a pena conhecer.







Nossos pilotos sofrem um bocado nos pedágios aqui em Colômbia bem como na Venezuela, onde as motos não pagam pedágio e para tanto, necessitam passar em um corredor lateral e as pistas destinadas às motos são padrão. Espaço extremamente estreito e com altos meios-fios, o que para motos de nosso porte acaba sendo de difícil locomoção, uma vez que não há espaço para apoiar os pés no chão e para as motos equipadas com malas laterais sobram apenas poucos centímetros de cada lado, tendo um risco muito grande de enroscar e danificar as maletas além do risco de cair.

Uma curiosidade interessante é que ao pedir informações as pessoas daqui não costumam falar em kilometragem e sim em horas. Estranhamos em princípio, pois no hotel em Medellín eles não sabiam nos dizer a respeito da distância a ser percorrida de Medellín a Bogotá e sim, o total de tempo despendido para fazer o trajeto, mais ou menos 8 horas. Mais tarde viemos a entender o porquê. De fato a kilometragem não serve de referência nas atuais condições de estrada, somado ao fato de se tratar de uma serra com curvas acentuadas e inúmeros desmoronamentos, pois os 430Km que normalmente faríamos em 5h, acabamos levando mais de 9 horas.

Em uma de nossas paradas, tivemos o grato prazer de nos encontrar com o Sr Jaime Herrenz Franco, motociclista, aos seus 77 anos, montado em sua Halley Davidson. Morador de Bogotá, ele prontamente se ofereceu a nos levar a um hotel, o que nos deixou bastante satisfeitos, uma vez que a entrada em uma capital na hora do rush seria bem complicada. Ele, com certeza é um exemplo a ser seguido por todos, pois tem uma vivacidade incrível que com certeza, se deve em  grande parte ao amor pelo motociclismo.

Com a ajuda do Sr. Jaime, chegamos a Bogotá por volta das 18h30min de forma bem tranqüila. Bogotá é a capital da Colômbia e uma cidade gigante, por volta de 8 milhões de habitantes, o que corresponde aos habitantes de toda a nossa Santa Catarina juntos. São 45 milhões de habitantes em toda a Colômbia. 



































Aqui em Bogotá, há uma lei em que pequenas motos necessitam ter a sua identificação em três lugares: na placa em si, em um jaleco refletivo e também no capacete, o que vale para piloto e carona. A intenção é coibir assaltos tendo como veículos de fuga as motos, pois desta forma, elas são facilmente identificáveis. 

Outra coisa muito interessante aqui na Colômbia são as pistas especialmente destinadas aos ônibus, o que faz com que o trânsito flua facilmente. Na avenida principal são ao todo 6 pistas, sendo as duas do meio destinadas exclusivamente a ônibus de cor vermelha que são carros articulados copiados da cidade de Curitiba-PR. Uma via “vai” e a “outra” vem e no meio delas há grandes e várias cabines de embarque cobertas e fechadas e dando acesso às passarelas, trazendo praticidade e conforto aos passageiros.
Amanhã vamos explorar um pouco dessa maravilha chamada Bogotá.

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